Os Jogos Pan-Americanos 2007 do Rio, ou melhor, da Rede Globo, que ocorreram entre os dias 13 de julho (uma sexta-feira aos mais supersticiosos) ao dia 29 do mesmo mês, foram exatamente como prevíamos, bom para uma minoria de brasileiros.
Os custos com os jogos que estavam orçados em 400 milhões de reais chegaram, oficialmente, a custar 3,7 bilhões aos cofres públicos. Dinheiro esse que poderia ser revertido aos graves problemas brasileiros, sobretudo aos enfrentados pelo próprio Rio de Janeiro, sendo melhor empregado em políticas que poderiam sanar problemas como de segurança, educação, saúde.
Aos pobres brasileiros, só lhe restaram acompanhar o espetáculo circense pela televisão, que definitivamente, ao lado de seus patrocinadores, ficou muito contente com os recordes de audiência. Nas palavras do rapper MV Bill, responsável pelo incrível documentário “Falcão - meninos do tráfico”, temos a exata dimensão de como foi o acesso aos jogos: "Pela TV, pôde se ver que não houve a diversidade dos brasileiros. O preço dos ingressos foi abusivo. Eu temo agora que os locais de provas continuem elitizados. O legado será bem menor do que poderia ser".
No entanto, a televisão e os patrocinadores não foram os únicos privilegiados. Nossos velhos governantes corruptos também participaram do espetáculo, além da alienação da maioria da população, que torceu por nossos grandes atletas e pôde esquecer da falta de investimentos públicos e das novas CPI’s, também tiveram a oportunidade de ganharem ainda mais dinheiro no superfaturamento de obras. O Estádio João Havelange, o Engenhão, construído especialmente para o Pan, por exemplo, tinha uma previsão de custar 80 milhões de reais e chegou à cifra dos 380 milhões. E depois de pronto o município afirmou que não tem condições de administrar o estádio. Dessa forma, ele será privatizado, tirando assim, seu acesso por parte da população.
A intenção de exportar a imagem de um belo país para o exterior através do Pan camuflou todas nossas mazelas sociais. É com imenso pesar que escrevo o velho chavão circense: “O espetáculo não pode parar”, afinal, vamos em busca da copa do mundo de futebol de 2014 e das Olimpíadas 2016!!!
Aos pobres brasileiros, só lhe restaram acompanhar o espetáculo circense pela televisão, que definitivamente, ao lado de seus patrocinadores, ficou muito contente com os recordes de audiência. Nas palavras do rapper MV Bill, responsável pelo incrível documentário “Falcão - meninos do tráfico”, temos a exata dimensão de como foi o acesso aos jogos: "Pela TV, pôde se ver que não houve a diversidade dos brasileiros. O preço dos ingressos foi abusivo. Eu temo agora que os locais de provas continuem elitizados. O legado será bem menor do que poderia ser".
No entanto, a televisão e os patrocinadores não foram os únicos privilegiados. Nossos velhos governantes corruptos também participaram do espetáculo, além da alienação da maioria da população, que torceu por nossos grandes atletas e pôde esquecer da falta de investimentos públicos e das novas CPI’s, também tiveram a oportunidade de ganharem ainda mais dinheiro no superfaturamento de obras. O Estádio João Havelange, o Engenhão, construído especialmente para o Pan, por exemplo, tinha uma previsão de custar 80 milhões de reais e chegou à cifra dos 380 milhões. E depois de pronto o município afirmou que não tem condições de administrar o estádio. Dessa forma, ele será privatizado, tirando assim, seu acesso por parte da população.
A intenção de exportar a imagem de um belo país para o exterior através do Pan camuflou todas nossas mazelas sociais. É com imenso pesar que escrevo o velho chavão circense: “O espetáculo não pode parar”, afinal, vamos em busca da copa do mundo de futebol de 2014 e das Olimpíadas 2016!!!